Durante os atendimentos, a equipe médica buscou casos novos de hanseníase para encaminhamento de exames e detecção.
A Secretaria Municipal de Saúde por meio da Vigilância Epidemiológica realizou nesta quinta-feira, 06/07, uma ação preventiva de conscientização e combate à Hanseníase. A campanha ocorreu na Policlínica Municipal e teve como objetivo esclarecer sobre a cura, ensinar a se proteger da doença e auxiliar na identificação de sinais e sintomas, favorecendo o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.
Segundo Efigênia Novais, coordenadora da Policlínica Municipal, as pessoas foram avaliadas por uma equipe de profissionais que buscaram diagnosticar pacientes com essa doença. Ela contou como a doença é transmitida. “A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pela bactéria Bacilo de Hansen, que compromete principalmente a pele e os nervos, deixando sequelas se não for tratada precocemente. A doença é transmitida de pessoa para pessoa por meio de secreções das vias respiratórias e de um contato íntimo e prolongado com um doente sem tratamento. Após o contágio, o indivíduo leva de dois a dez anos para começar a apresentar os sintomas. Mas se diagnosticado a tempo tem tratamento gratuito e cura”, explicou a coordenadora.
Ainda de acordo com os organizadores do evento o dia da mancha é para que a equipe médica possa avaliar qualquer lesão com alteração de sensibilidade, o que acontece com a hanseníase. Os sintomas da doença podem ser identificados pela mancha dormente, esbranquiçada ou avermelhada, perda de pelos pouco suor na área afetada e sensação de formigamento. Quase todo o corpo pode ser acometido, mas as regiões mais afetadas são as extremidades como braços, mãos, coxas, pernas, pés e a face.
A médica dermatologista Marcela Tavares ressaltou que quando não tratada, a doença pode causar deformidades que incapacitam o indivíduo para o trabalho e a vida social. “No passado, a doença era comum em todos os continentes e deixou uma imagem assustadora de mutilação, fazendo com que os portadores da hanseníase sofressem rejeição e segregação por parte da sociedade”, destacou.
Dona Geralda Esteves Barbosa, tem 79 anos, e disse ter ouvido o chamamento pelo rádio. “Eu não podia perder essa oportunidade. Não estamos livres das doenças, mas se buscamos a prevenção fica bem mais fácil a cura”, falou.