Escolas públicas expuseram e interagiram com o público através de atividades até então implementadas somente em sala de aula com estudantes especiais
O público que passou pela 37ª Superintendência Regional de Ensino (SRE) na tarde desta terça-feira, 12/12, percebeu um clima diferente na rotina de trabalho dos servidores. Nos espaços interno e externo da instituição, várias escolas da rede estadual e municipal de toda a área de abrangência da 37ª SRE participaram da 1ª Mostra de Educação Inclusiva Natal Especial. O evento atendeu a proposta da Superintendência em sensibilizar a comunidade e usuários quanto à inclusão de alunos com necessidades especiais.
Segundo a superintendente Maria Helena Salim, pela primeira vez na história o órgão abriu as portas para expor as atividades desenvolvidas pelo Estado e Município nessa área. “Vivemos um momento de grande realização, e não podemos falar de educação inclusiva se nós mesmos, enquanto servidores, não internalizamos esta política. O aluno tem que estar incluído nas escolas independente de suas condições físicas, intelectuais, emocionais, de cor, raça, orientação sexual e essa mostra veio exatamente para desenvolver e despertar em todas as pessoas nossa responsabilidade de combater qualquer forma de exclusão”, salientou Salim.
De acordo com uma das responsáveis pela Mostra, a analista de referência em Diversidade e Inclusão, Ivanilde Pereira, a ação foi além, pois incluiu um ciclo de palestras com foco na apropriação do conceito de inclusão. “Partimos do pressuposto de que precisamos conhecer aquele de quem falamos. Então, tivemos oportunidade de mostrar para os servidores que os sujeitos atendidos na educação inclusiva não estão tão distantes da gente, lá nas escolas, mas são pessoas que fazem parte do seio familiar de muitos que aqui trabalham e que foram acolhidos pela rede estadual ou municipal de ensino”, explanou a analista.
Oito escolas da rede pública municipal levaram atividades implementadas nas salas de recursos destinadas a atenderem alunos com necessidades especiais. “Trouxemos jogos de computador, jogos de raciocínio lógico e memória como a calculadora com teclas audíveis, impressora e bíblia em braile, pois trabalhamos muito focados em materiais concretos, na coordenação motora, na discriminação visual. É um leque de opções, uma vez que cada aluno tem uma necessidade, o que requer de nós professores de apoio e equipe pedagógica um estudo das habilidades que eles apresentam atraso na aprendizagem”, explicou a professora da sala de recursos do Centro Solidário de Educação Infantil, Jaqueline Ribeiro.
Maria Aparecida levou o filho Tiago Fonseca para interagir com outros adolescentes nas atividades expostas pela Escola Estadual Pastor Hollerbach, onde o menino estuda. Emocionada, a mãe disse que é importante Tiago se envolver em propostas lúdicas que impulsionam seu desenvolvimento intelectual. “É visível o quanto ele gosta de aprender se divertindo, principalmente no boliche sustentável adaptado e na produção de docinhos de festa”, contou Aparecida.