Temática foi condizente com o atual momento político e econômico do Brasil e serviu para direcionar a elaboração de ideias na área da educação
Trabalhadores em educação, autoridades e interessados na área estiveram reunidos nesta quinta-feira, 16/11, das 7h30 às 13h30, para discutirem e avaliarem propostas na Conferência Municipal de Educação. Com o tema “A Construção do Sistema Integrado de Educação Pública de Minas Gerais e a Implementação dos Planos de Educação no Contexto do Financiamento da Educação em Tempos de Crise”, o encontro foi no auditório principal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
O prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira, a superintendente regional de ensino, Maria Helena Costa Salim, o secretário municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcos Godinho, o representante da comissão organizadora, Luís Alberto Bassoli e o professor da UFVJM, Simão Pereira, compuseram o dispositivo de honra na solenidade de abertura.
Em seu discurso, o prefeito Daniel Sucupira comentou que a Conferência acontece num momento difícil para o povo brasileiro, em que muitas ações de articulação na área educacional estão comprometidas. “A educação é um eixo estratégico para se acolher investimentos, e não está tendo por parte do nosso país o respeito que merece. Os repasses de verbas em termos gerais por parte dos governos federal e estadual diminuíram consideravelmente, fazendo com que nós, enquanto município, estamos nos esforçando para fazer o dever de casa, como garantir o piso nacional da categoria, o reajuste de mais de 50 % dos repasses às creches, a retomada do pré-vestibular gratuito, a implantação do transporte universitário gratuito para estudantes da zona rural”, destacou o prefeito. Ao falar das dificuldades financeiras que as prefeituras têm passado, Daniel salientou que as participações em conferências são válidas porque não é possível vislumbrar um novo horizonte sem a participação popular.
O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcos Godinho, focalizou seu discurso na retirada e sucateamento das políticas públicas na área da educação ocorridas nos últimos anos. Para Godinho, a sociedade tem que se unir em conferência sim, mas também, votar com consciência. “Não justifica nos empenharmos a cada dia em vários seminários, em vários congressos e escolhermos representantes lá no congresso que não têm nenhum compromisso com a educação, com o trabalhador de um modo geral, pois são eles que têm o poder de liberar recursos para financiar nossas propostas. Esta é a hora então de refletirmos o que queremos para a educação, onde vamos buscar o financiamento”, pontuou o secretário.
Após a solenidade de abertura, o professor Simão Pereira ministrou a palestra que antecedeu a leitura do regimento e demais atividades com o tema “Financiamento da Educação em Tempos de Crise”. Em seguida, os participantes foram divididos para discussão dos eixos, plenária e eleição dos delegados que vão para a Conferência Territorial.
Uma das participantes foi a educadora Luciene Millard, que vê na Conferência a oportunidade de contribuir para que haja conquistas na educação. “Sempre que posso eu participo, mesmo porque sou uma formadora de opinião. Unirmos forças nesse momento difícil, de retrocesso, em que os direitos estão sendo feridos, é de suma importância para que a educação se alavanque”, concluiu Millard.